A língua portuguesa possui o infinitivo pessoal, que é uma riqueza que devemos aproveitar. De um modo geral, as formas verbais são flexionadas e, por isso, encontramos normalmente a concordância entre o agente da acção e a desinência do verbo respectivo.
Exemplo: tu amas, eles amam.
Simultaneamente, há uma outra tendência em sentido inverso que procura evitar a flexibilidade verbal. Exemplo: «A gente faz isso» em vez de «Nós fazemos isso».
São estas duas forças que estão presentes nas frases apresentadas: «(Ele) pode ajudar os seus clientes a planear a visita» – neste caso, «os seus clientes» não influenciam a flexão do verbo planear – e «(Ele) pode ajudar os clientes a planearem a visita» – neste caso, «os seus clientes» influenciam o verbo planear.
Preferimos esta segunda forma porque estabelece uma mais profunda ligação entre «os clientes» e o verbo «planear», visto que são eles que planeiam.