No português da Europa, a preposição articular pelo não tem acentuação própria. Não se deve pronunciar, portanto, como o substantivo pêlo (cabelo), que a tem. Pelo pronuncia-se, pois, como se escrevêssemos p'lo.
Afirmou Cândido de Figueiredo ("Gramática Sintética"): «O povo não conhece outra pronúncia: - 'O vizinho, p'los modos, está zangado'.»
Ainda segundo Cândido de Figueiredo, «à tendência do povo de Portugal para suprimir vogais na pronúncia das palavras peru, ministro, etc., dizendo pru, mnistro..., corresponde no povo do Brasil a tendência para pronunciar vogais em palavras onde não existem: adevogado, abelativo, abesoluto... e para suprimir consoantes no fim das palavras, dizendo louvá, fazê, quinhentos conto... por louvar, fazer, quinhentos contos.»