A palavra palmeira (de palma + -eira) é um termo do domínio da botânica, o «nome vulgar comum a todas as plantas da família das Palmáceas, geralmente árvores, arbustos ou plantas com uma copa sem ramos mas dotada de folhas grandes com lacínias duras, flexíveis e pontiagudas» (Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, 2010).
Ora, a subclasse dos nomes/substantivos epicenos restringe-se «[aos] nomes de animais que possuem um só género gramatical para designar um ou outro sexo» (Cunha e Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 196), de que são exemplo águia, sapo, corvo, hiena, crocodilo, hipopótamo, andorinha, e tantos outros.
Portanto, se designa uma planta, palmeira não pode ser um substantivo epiceno, sendo um nome comum feminino, pois, tal indica a regra, «são geralmente femininos os nomes terminados em -a átono» (Cunha e Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 190).