As palavras mais usadas na Língua Portuguesa são os artigos definidos, as preposições, especialmente de e a, as contracções das preposições com os artigos definidos e as conjunções, com particular realce para e, que, se e mas.
Vemos, portanto, que usamos com mais frequência as palavras de ligação com valor sobretudo gramatical ou estruturante do discurso.
Os verbos mais usados são os seguintes: ser, ter, fazer, estar, dar e haver, que, para além da elevada frequência nas suas formas simples, são componentes das formas complexas. O verbo ser é auxiliar da voz passiva, ter e haver são auxiliares das formas compostas e participam largamente nas formas perifrásticas como dar, estar.
Devemos ainda notar que há diferenças entre a comunicação oral e a comunicação escrita. Os pronomes têm maior uso na comunicação oral. No contacto directo dos emissores com os receptores, surgem frases sintéticas quando os emissores se apercebem que as mensagens estão a ser recebidas em boas condições. Os pronomes, especialmente os pronomes pessoais e os pronomes demonstrativos isto, isso e aquilo, tornam-se muito funcionais.
Na comunicação oral em directo, preferimos a parataxe (orações coordenadas), a linguagem fática (palavras que permitem confirmar a ligação entre os interlocutores), as repetições, os cortes, as omissões, etc.
Na comunicação escrita, por ser normalmente mais reflectida, usamos frequentemente construções sintácticas complexas como a hipotaxe ou uso das orações subordinadas.