José Pedro Machado, no seu Dicionário Onomástico-Etimológico da Lingua Portuguesa, apenas adianta que Europa provém da forma grega ‘Eurōpē’, através do Latim ‘Eurōpa’, a qual designa a «filha de Agenor, irmã de Cadmo, raptada por Júpiter metamorfoseado em touro, o pórtico do campo de Marte ou de Europa e um continente (ibidem). Machado não vai mais longe na etimologia do nome porque «é controversa a origem...», indicando simplesmente que o mito do rapto de Europa está atestado em português, em Os Lusíadas, no século XVI, enquanto o topónimo está atestado num documento português de 1500.
A etimologia que é sugerida na pergunta é reforçada pelas hipóteses sugeridas num artigo em inglês na Wikipedia, mas tudo sem grandes certezas. Nele se recorda que é tradição considerar o nome como um composto grego formado por ‘eurys’, «largo», e ‘ops’, «cara», mas tal parece não passar de um caso de etimologia popular, a qual pode interferir na evolução de uma palavra mas não explica a sua origem mais remota. A outra hipótese é a de Europa derivar da palavra semítica ‘erebu’, «pôr do Sol», o que pode fazer sentido do ponto de vista das populações que falavam línguas semíticas. Estas vivendo mais a leste, no Médio Oriente, tinham a ocidente, para lá do Mediterrâneo e da Ásia Menor, as futuras terras europeias.