Parece que cidade de Faro (Algarve, Portugal) não se relaciona historicamente com a palavra farol (do grego pháros, «farol»). Segundo José Pedro Machado (Dicionário Onomástico-Etimológico da Língua Portuguesa), o topónimo deriva na realidade de Harūn, forma árabe de Aarão. Era este o nome da família árabe que controlou, entre 1016 e 1052, a cidade em causa, que durante esse período era conhecida como Santa Maria. O antropónimo Harūn foi depois adaptado ao português antigo, com a forma "fárom", a qual evoluiu depois para "fárão" e, finalmente, para "faro", mediante a desnasalização de -ão final átono, tendência que se verifica ainda hoje no português europeu dialectal: órfão > "orfo"; órgão > "orgo".