a) Uma frase pode ser classificada de formas distintas, pelo que se torna difícil saber, prezado consulente, o que pretende com a sua pergunta. Posso, todavia, dizer-lhe que a frase em apreço, quanto ao tipo, é declarativa; quanto à forma, é afirmativa; quanto à constituição, está na voz activa e é uma frase complexa, composta por duas frases ou orações ligadas entre si pelo advérbio relativo onde. Podemos ainda classificar cada uma das frases relativamente ao laço que as une. Nesse caso temos uma oração (ou frase) subordinante – há fogo – e uma oração subordinada adverbial – onde há fogo. O valor semântico veiculado pela subordinada é o de localizar o evento designado pela subordinante, equivalendo a um complemento circunstancial de lugar. Note-se que não existe na gramática da língua portuguesa uma subclasse das frases subordinadas que designe este tipo de relação. Não temos, com efeito, orações subordinadas de lugar, como temos orações subordinadas temporais ou finais. Isso não impede, no entanto, que haja frases a veicular esse sentido, como no caso que estamos a analisar.
b) A vírgula pode ser gramatical, obrigatória, ou de entoação, facultativa. Na frase em apreço, a vírgula, a existir, será de entoação, dependendo do gosto ou intenção estilística do autor. Não é, pois, obrigatória.