Embora seja correcto o verbo obedecer com complemento directo, não é corrente em Portugal. No entanto, o nosso Padre António Vieira escreveu:
«(...) os Leões, os Ursos... as Serpentes e os outros monstros da África, não só não ofendiam a António, mas o obedeciam e reverenciavam». (Sermões, III, 6, § 3).
Daqui se compreende que este verbo tenha voz passiva, que lemos em autores portugueses clássicos, mas nunca me constou que se usa na forma passiva sintética. Por ora estou inteiramente convencido de que tal construção não é admitida. Diz-se, sim, «obedece-se aos regulamentos».