Os principais dicionários portugueses e brasileiros registam tanto a forma francesa “boutique” como o aportuguesamento butique, a que dão preferência. É o caso do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, com duas acepções: «1. loja, ger[almente] de pequenas dimensões, especializada na comercialização de artigos finos, peças de vestuário, bijuterias etc., muitas vezes de confecção própria ou especial, ou de importados; 2. Derivação: por extensão de sentido, qualquer loja pequena e elegante, com artigos finos. Ex.: b. de acessórios de automóvel b. de vinhos.» Pode sempre usar-se a palavra loja, que é mais genérica (hiperónimo) seguida da especificação (por exemplo, «de acessórios de automóvel»), mas perde-se o traço semântico ligado à ideia de elegância. Não diria que a palavra é dispensável, porque permite especificar a loja que se refere através das suas pretensões.