Comecemos por referir que a segunda oração («parado não rende») não está na ordem directa, porque «parado» é o predicativo do sujeito subentendido: «(Ronaldo) não rende parado». Como este constituinte saiu da sua posição pós-verbal, é necessário vírgula de modo a assinalar a violação da ordem canónica:«Parado, não rende».
Entre as orações «Ronaldo é como o dinheiro» e «parado, não rende», é possível utilizar a vírgula ou não. Se se pronunciar a frase seguidamente, é necessário colocar a vírgula:
«O Ronaldo é como o dinheiro, parado, não rende.»
Neste caso a vírgula seria empregada para separar as duas orações coordenadas assindéticas.
Contudo, a ocorrência das duas vírgulas com funções tão diferentes pode tornar confusa a frase. Por esta razão, se a pausa for longa na palavra dinheiro, colocamos um ponto final. Mas, se a intenção for salientar que a segunda oração esclarece o sentido da primeira, a pontuação preferível é esta:
«O Ronaldo é como o dinheiro: parado, não rende.»