Não encontrámos nenhum registo dessa expressão na bibliografia específica1 consultada sobre expressões correntes, populares e idiomáticas.
No entanto, da leitura que fazemos desse enunciado, parece-nos que se poderá inferir que se trata de uma expressão pouco abonatória dirigida a alguém (a um tu — «que é para ti» —, reveladora da pouca consideração e do desprezo com que esta pessoa é encarada por parte do emissor, pois é colocada abaixo dos ratos (um animal associado à sujidade, motivo de nojo). Ora, se nem os ratos querem/comem o que é para essa pessoa, isso significa que a mesma não é respeitada como ser humano, que é vista como um ser inferior.
1 Bibliografia consultada: Guilherme Augusto Simões, Dicionário de Expressões Populares Portuguesas, Lisboa, Dom Quixote, 1993: Orlando Neves, Dicionário de Frases Feitas, Porto, Lello & Irmão, 1991; Emanuel de Moura Correia e Persília de Melim Teixeira, Dicionário Prático de Locuções e Expressões Correntes, Porto, Papiro Editora, 2007; Maria Alice Moreira Santos, Dicionário de Provérbios, Adágios, Ditados, Máximas, Aforismos e Frases Feitas, Porto, Porto Editora, 2000; Deolinda Milhano, Dicionário de Ditados (Provérbios) e Frases Feitas, Lisboa, Colibri, 2008; José Pedro Machado, O Grande Livro dos Provérbios, Lisboa, Editorial Notícias, 2005; Gabriela Funk e Mattias Funk, Dicionário Prático de Provérbios Portugueses, Lisboa, Cosmos, 2008; Maria Ribeiro, Provérbios e Adágios Populares, Lisboa, Planeta Editora, 2003; António Moreira, Provérbios Portugueses, Lisboa, Editorial Notícias, 1996; José Alves Reis, Provérbios e Ditos Populares, Porto, Litexa Editora, 1996.