Quanto a ‘sites’, não sei, mas também não devem existir. No mais, e para lá do tão decantado Prazer do Texto, de Roland Barthes, convém abrir por Marcel Proust, O Prazer da Leitura (Lisboa, Teorema, 1997). Há uma crónica interessante, que pode ser útil, de Eugénio Lisboa, «A paixão pelas bibliotecas», in Ler-Livros & Leitores, Lisboa, 1998. É um depoimento de leitor compulsivo, como tantos de autores, sobretudo quando entrevistados. Assim, tudo o que seja relativo à leitura, da sociologia à ficção (bastaria reunir os títulos em que as palavras «leitor» ou «leitura» entrem), pode justificar uma pausa; depois, entrevistas ou depoimentos, em jornal, em livro ou em vídeo, de alguns autores; não esquecer o diário íntimo, em que tanto se revela. Como não conheço a metodologia proposta, sempre digo que se pode optar por questões de género (à volta dos romances de aventuras, p. ex.), de épocas do ano (leituras de Verão, natalícias), de lugar (em aeroportos, estações ferroviárias, ao canto da lareira...), de idade (crianças, jovens...), etc. Conhecendo melhor o projecto, talvez pudesse ser mais útil.