De facto, parece que as línguas cultas têm mais ou menos o número de palavras que diz, podendo mesmo ir às 400 mil com os termos técnicos, sempre a crescer.
Quanto ao resto, é difícil, se não impossível, adiantar números que não sejam meras conjecturas. É evidente que se perderam muitíssimos arcaísmos e outros termos considerados apenas antigos e que, em compensação, muitos outros foram entrando na língua, quer formados dentro dela, quer estrangeirismos. Mas para se escrever bem não são precisos muitos vocábulos. Basta lembrar Camões ou Eça, que realizaram as suas obras com escassos milhares de palavras (cerca de cinco mil), ao contrário de Camilo ou de Aquilino, que empregaram dezenas de milhares.