Telmo Móia e João Peres, no livro Áreas Críticas da Língua Portuguesa (1995: 333), referem que o pronome relativo cujo só pode ser complemento genitivo de expressões nominais com determinação definida. Contudo, admitem a possibilidade de ocorrência com numerais cardinais e expressões como muitos, poucos, vários e diversos. Dão como exemplos:
a) «Esta rapariga, cujos cinco irmãos são meus colegas, é uma óptima enfermeira.»
b) «Esta rapariga, cujos muitos irmãos são meus colegas, é uma óptima enfermeira.»
Por conseguinte, podemos considerar correcta a frase que apresenta:
c) «Estou lendo um livro cujo um dos autores é professor titular de uma universidade.»