Segundo Napoleão Mendes de Almeida no seu «Dicionário de Questões Vernáculas», «Nenhum provém da junção de nem + um, havendo entre aquela forma, sintética, e esta, analítica, diferença de energia de expressão. Dizendo: 'Nenhum homem é capaz de fazer isso' - demonstraremos, simplesmente, não haver, dentre os homens, quem possa fazer determinada coisa. Dizendo, porém: 'Nem um homem é capaz de fazer isso', indicaremos, explicitamente, não haver nem mesmo um homem, como se disséssemos não ser capaz não somente uma mulher mas nem sequer um homem.»
Napoleão ainda refere outra diferença: «O nenhum, contraído, opõe-se a um indivíduo, no sentido de algum, certo indivíduo, ao passo que nem um, separado, opõe-se a um só, um único, um verdadeiro. 'Nem um centavo tenho' (=Nem ao menos um centavo tenho - Não tenho um único centavo) - é expressão mais forte, mais expressiva que esta: 'Nenhum centavo tenho' (=Tenho dinheiro, mas não tenho uma moeda de um centavo).» Portanto, a utilização de nenhum ou nem um depende daquilo que pretenda exprimir.
Quanto a demais ou de mais, veja De mais e demais.