A ausência da negativa antes de «suje» e «danifique» torna a frase ambígua. Os distraídos ou mal intencionados podem argumentar que a relva não é para pisar, mas que se pode sujar ou danificar. Será preferível a repetição do não ou o emprego do nem: «Não pise, não suje nem danifique a grama», por exemplo.
No segundo caso, a frase torna-se ainda mais ambígua. Se do pedido de não pisar a relva decorre logicamente o pedido de não sujar nem danificar, o mesmo não acontece com o pedido de não teorizar. A frase pode ser, e sê-lo-á normalmente, entendida do seguinte modo: não teorize, mas compreenda e (ou) polarize. Isto é, compreender e polarizar tomados como opostos de teorizar. Penso, assim, que nesta frase se impõe a repetição da negativa. O emprego de ou, de e ou de vírgula para o caso tanto dá.