O Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o Novo Dicionário Corográfico de Portugal, de Amaral Frazão, bem como o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, são unânimes em consagrar a forma Mozelos, com z. Não encontramos explicação etimológica para essa “bidesignação”, como lhe chama, dado que a origem do topónimo é obscura. A única explicação que se nos afigura como possível provirá do facto de o s e o z terem, entre vogais, o mesmo som, o que provocará confusão entre os escreventes que não saibam qual é, realmente, a forma correcta/correta.
Ocorre um fenómeno semelhante com a localidade algarvia da Fuzeta, que é, muitas vezes, grafada também com s no lugar de z. O que é curioso neste último caso é que a grafia consagrada pelo uso (Fuzeta) até nem é a etimologicamente correcta/correta, que seria Fozeta (derivado de foz). Isto serve para dizer que nada nos garante que, daqui a muitos anos, a Fuzeta que foi Fozeta não passe a Fuseta, nem que Mozelos não dê em Moselos. Até lá, escreva-se com z.