Efectivamente, com o modo indicativo, exprime-se, em geral, uma acção ou um estado considerados na sua realidade ou na sua certeza. No entanto, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, ensina que o futuro do presente simples deste modo se emprega "para exprimir a incerteza (probabilidade, dúvida, suposição) sobre factos actuais." A frase que apresenta é, precisamente, exemplo disso. Não se trata realmente da referência a uma acção futura. A dúvida aí presente é também conferida pela natureza do verbo superior ("não sei").