Então vejamos:
1) Quando há duas coisas iguais, não existe uma só: a coisa a não é a coisa b, e a coisa b não é a coisa a.
2) Não há duas coisas verdadeiramente iguais. Não raro, só a análise profunda por microscópio, processos químicos e outros nos pode mostrar que são diferentes.
3) Quando nos servimos da numeração, verificamos a existência de dois objectos. Embora não os distingamos pelo aspecto, distinguimo-los pela posição. Em conclusão:
Pode dizer à-vontade que pegou na mesma caneta. E pode, porque ninguém o impede. Mas falta à verdade, porque se pegou na caneta (a), não pegou na (b); e se pegou na (b), não pegou na (a).