Carlos Reis e Ana Maria Macário Lopes, no Dicionário de Narratologia (Coimbra, Almedina, 2002), no artigo dedicado ao conceito de macroestrutura, citam o investigador Teun van Dijk (1983, pág. 55), que define a macroestrutura de um texto como «uma representação abstracta da estrutura global de significado de um texto».
A respeito de macroestruturas intermédias, Reis e Lopes (op. cit.) observam o seguinte:
«É possível reconhecer níveis intermédios de macroestruturas, uma vez que num texto há um conjunto de frases que formam um bloco consistente, formando sequências [...]. Tais sequências projectam uma representação semântica global, uma macroestutura intermédia que equivale à noção intuitiva de "tópico".»
Sobre as microestruturas, também explicam que (ibidem):
«[...] As sequências funcionam [...] como partes interligadas de um todo a que se vinculam: esse todo é a macroestrutura mais geral do texto, responsável pela projecção e articulação linear das frases que integram a superfície textual. Por outras palavras, a macroestrutura que contém a informação essencial do texto é essencial do texto é comparável a um núcleo semântico a partir do qual, mediante a aplicação de certas regras de projecção, se geraria o conjunto de frases que perfazem a superfície textual, e às quais se dá o nome de microestruturas [...] textuais.»