Segundo Celso Pedro Luft (Gramática Resumida — Explicação da Nomenclatura Gramatical Brasileira, São Paulo, Editora Globo, 2004, pág. 113), uma locução pronominal é constituída por «duas ou mais palavras, com função de pronome»: por exemplo, nós próprios, o meu, aquele outro, quem quer que (seja), o qual, entre outras expressões. Trata-se, portanto, de um termo característico da Nomenclatura Gramatical Brasileira de 1957. Esta inclui o termo locução pronominal, mas não faz nenhuma distinção entre locuções pronominais definidas e indefinidas, porque o que existe na realidade são locuções pronominais indefinidas, como, por exemplo, cada um ou qualquer um, equivalentes a pronomes indefinidos como todo, algum, nenhum, etc. Cite-se Bechara (Moderna Gramática Portuguesa, 37. ª ed., pág. 170):
«Locução pronominal indefinida — É o grupo de palavras que vale por um pronome indefinido. Eis as principais locuções: cada um, cada qual, alguma coisa, qualquer um, quem quer, quem quer que, o que quer que, seja quem for, seja qual for, quanto quer que, o mais (hoje menos freqüente que a maior parte, a maioria) [...].»