Não existe uma resposta única à pergunta feita, porque são várias as propostas de identificação de tipos de linguagem. Contam-se até propostas que agregam o termo simbólico a icónico e criam a expressão «linguagem simbólico-icónica». Contudo, calculo que a questão tenha que ver com uma tipologia que é corrente no contexto escolar brasileiro.
De qualquer modo, deve ter-se em atenção o contraste entre icónico e simbólico, que se pode resumir ao facto de o primeiro adjetivo se referir àquilo «que representa ou reproduz com exatidão e fidelidade» (Dicionário Houaiss), enquanto o segundo define o que é próprio do símbolo, que não é uma reprodução da realidade, mas antes «aquilo que, por um princípio de analogia formal ou de outra natureza, substitui ou sugere algo» (idem).
Desta forma, a linguagem icónica é aquela que recorre a signos com os quais se reproduz uma realidade (por exemplo, a imagem de uma torneira com água a correr significa «água», a onomatopeia trás, o ruído da queda de um objeto). Na linguagem simbólica, os signos não têm essa natureza imitativa, aludindo de forma abstrata e convencional às realidades a que se referem (as luzes dos semáforos, com verde para «passe», e vermelho para «pare»).