O número das funções da linguagem reconhecidas varia segundo as teorias linguísticas. Reconhece-se como mais importante a referencial, cognitiva ou denotativa. Acrescentam-se-lhe a função imperativa ou injuntiva, e a expressiva. Pela função referencial, a mensagem está centrada no contexto, pela emotiva no locutor, pela conativa no destinatário, pela fática no contacto, pela função metalinguística no código, pela poética na mensagem como tal. Cada função da linguagem manifesta-se no discurso por rasgos que lhe são próprios, mas há numerosas interferências num texto determinado. Há vários tipos de conotação, segundo os autores. Para Bloomfield, há três, e o seu estudo tem lugar no seio da sociolinguística. Para Hjelmslev, o estudo da conotação escapa à linguística: as conotações aparecem como um conteúdo, que tem por plano da expressão o conjunto da linguagem de denotação. Enquanto o funcionamento denotativo da língua é propriamente linguístico, o jogo das conotações é superior ao nível da língua, o seu estudo não pode ser empreendido senão no quadro da semiótica, estudo geral dos signos e já não só apenas dos signos linguísticos. Em linguística, as expressões apelativas são as expressões e construções sintácticas orientadas para o interlocutor que está directamente interessado pelo conteúdo, ou seja ao qual este diz respeito.