Realmente, "lobo" provém do Latim 'lupum', enquanto "porco" provém do Latim 'porcum', o que talvez possa justificar a abertura, ou não, do 'o' no plural. Repare que digo "talvez", porque não tenho mesmo a certeza de que seja essa a razão. O que é seguro é que, de acordo com a regra, o 'o' tónico fechado, quando é final ou está na penúltima sílaba e a sílaba final termina em 'o', passa a aberto no plural: porco - porcos, ovo - ovos, avô - avós. No entanto, há excepções: José Joaquim Nunes ("Compêndio de Gramática Histórica Portuguesa") diz que esse mesmo 'o' tónico se mantém fechado no plural se entre as duas vogais não houver uma consoante, ou for nasal, como em sono - sonos, sonho - sonhos. Além disso, podemos ainda referir o Prontuário de Xavier Roberto e Luís de Sousa, da Editorial Século, onde se afirma que mantêm o 'o' tónico fechado no plural os substantivos cujo feminino também tenha esse 'o' fechado: lobo - loba, risonho - risonha.