A nossa língua não é só para ser compreendida. É também para ser sentida.
Reparemos bem nas duas frases:
(a) Junto enviamos a respectiva factura.
(b) Somos a enviar a respectiva factura.
Ora experimente fazer o seguinte: Não pense como uma e outra se encontram construídas. Procure apenas sentir cada uma delas – sentir cada uma, pondo em actividade a sua sensibilidade linguística... e mesmo até a sua também consciência linguística. Qual delas prefere? Tenho quase a certeza de que prefere a frase (a). Sim... é esta a mais natural. É a que nos sai mais espontaneamente cá de dentro. A frase (b) sabe a... a frase um tanto rebuscada, própria de quem procura ser diferente para... para dar nas vistas, talvez. É claro que as pessoas que defendem o emprego dessa frase afirmam que está correctinha, porque pertence à linguagem comercial; e que é ignorante quem lhe torce o nariz.