Quando falamos, não usamos sempre o número ideal de palavras: algumas vezes, dizemos palavras em excesso; outras vezes, fazemos omissões.
Para além de «Já temos quem venha jogar connosco», também dizemos «Já temos com quem jogar».
Quando alguém diz: «Já temos quem (...) jogar connosco», talvez esteja a omitir o verbo auxiliar de uma forma perifrástica.
A forma «Já temos com quem jogar» pode ter, talvez, alguma influência.
A nossa consulente poderá chamar a atenção da estação de rádio onde ouviu a frase “Já temos quem jogar connosco”, mostrando que a segunda oração deve ter um verbo no presente do indicativo ou no presente do conjuntivo.
Exemplos:
a) Já temos quem vem jogar connosco.
b) Já temos quem quer jogar connosco.
Nestes casos, somos informados de que a acção se vai realizar. O verbo jogar mantém-se no infinitivo mas faz parte de formas perifrásticas.
c) Já temos quem venha jogar connosco.
d) Já temos quem queira jogar connosco.
Nestes dois casos, abrem-se perspectivas para a realização de uma acção. É uma forma mais elegante. O verbo mantém-se no infinitivo mas passou a fazer parte de formas perifrásticas mais subtis, mas comuns.