O emprego do hífen, como já aqui se disse em diversas respostas anteriores, é das regras mais complexas da ortografia portuguesa, tantas são as suas dificuldades. Ou, no caso vertente, tantos já são os casos por contemplar. É essa, na minha opinião (e no meu desejo, se me é permitido…), uma das razões da importância de um acordo ortográfico, moderno e simplificado, entre os sete países de língua oficial portuguesa.
Enquanto persistirem as resistências que se conhecem, especialmente no Brasil e em Portugal, cada um vai adoptando as suas próprias normas, quase sempre sem sentido lógico – e, em geral, ao sabor de modismos de ocasião e por via do que se vai escrevendo (mal) nos jornais…
Na ultrapassadíssima Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945 estabelece-se esta regra geral para o emprego do hífen: sempre que os dois substantivos tenham fonética e significado distintos, mas com sentido comum. Parece ser o caso indicado: é-se investigador mas, ao mesmo tempo, com a função suplementar de coordenador; provavelmente um cargo/profissão com estatuto formal generalizado nos meios univesitários e afins. Logo, investigador-coordenador (ligado com hífen).
Por analogia, passa-se o mesmo com outros exemplos conhecidos: ministro-adjunto, director-adjunto, secretário-coordenador, médico-cirurgião, juiz-desembargador, cardeal-patriarca, etc, etc.