Podemos dizer que ambas as formas estão correctas/corretas e a presença do gerúndio não é um factor que condicione o comportamento do verbo trabalhar, neste caso.
Apresento alguns exemplos de utilização do infinitivo nas suas formas flexionada e não flexionada, com base nos critérios da gramática tradicional, para que se possa entender melhor o facto/fato de podermos usar as duas formas:
Infinitivo não flexionado
– Quando não se refere a nenhum sujeito (ex.: «Amar é nascer de novo.»);
– Com valor Imperativo (ex.: «Marchar!»);
– Com sentido descritivo ou narrativo (ex.: «A bela Aurora, os Reis e os criados estavam todos a dormir.»);
– Precedido de preposição “de” (ex.: «Este documento é impossível de ler.»);
– Quando equivale a um gerúndio (ex.: «Estou a ouvir os passos dela.»);
– Quando está junto de um auxiliar (ex.: «Elas começaram a cantar.»).
Infinitivo flexionado
– Com o sujeito explícito (ex.: «Como é possível tu não saberes o que eu penso sobre isso?»);
– Quando se refere a um agente não especificado (ex.: «Que bom seria andarmos livremente.»);
– Quando se pretende enfatizar um facto (ex.: «Ali estavam eles a matarem pessoas!»).