Só encontrei o termo iliteracia no dicionário brasileiro Aurélio "Século XXI", que o classifica como lusismo.
Trata-se de neologismo que parece ter sido formado em Portugal pela tradução do substantivo inglês "illiteracy". O Aurélio abona-se numa citação da revista "Grande Reportagem" (Lisboa, 1997). Como significado, o dicionário aponta a condição de iliterato ou iletrado.
Alguns consultores do Ciberdúvidas consideram não haver necessidade deste neologismo, porque em português já existia palavra com significado semelhante, embora não registada por todos os dicionários: o substantivo iletrismo (diferente de analfabetismo). Como se pode ver por esta citação do cientista português Ricardo Jorge: «O maior mal não é o analfabetismo, é o iletrismo das classes dirigentes.»
Apesar das objecções que se possam fazer, iliteracia é hoje termo corrente entre os professores portugueses, sobretudo depois de o ex-ministro da Educação, Marçal Grilo, o ter difundido num estudo que a generalidade dos jornais noticiou em 1995.
Note-se: termos como "illiteracy", "illiterate", iletrado, iliterato, iletrismo, etc., têm a mesma raiz: o latim "illiteratu-".