«A guatambu» significa o mesmo que «à paulada» ou «com pancada». A frase completa da obra de Monteiro Lobato é a seguinte:
«É comezinho ir citar um caboclo na roça, ser hospedado a guatambu e vir dar conta ao juiz da façanha com vergões pelo corpo, galos na testa, e às vezes descadeirado. Considera a pancada um osso do ofício.»
Nesta sequência, depreende-se que a personagem em referência foi agredida («considera a pancada um osso do ofício»), e, portanto, «ser hospedado a guatambu» é o mesmo que «ser agredido por alguém que se visitou ou que se procurou».
Note-se o iDicionário Aulete regista guatambu como um regionalismo de São Paulo, em várias aceções, entre elas, uma que parece adequada ao contexto acima apresentado, «porrete». Guatambu é também o nome de várias espécies de árvore conhecidas no Brasil, conforme se lê no Dicionário Houaiss, que, em nota etimológica, assinala que «segundo Antenor Nascentes, [a palavra provém do] tupi gwa a`tã mbu, "o que é duro e sonoro", "alusão à madeira da árvore"».