Segundo o Dicionário de Gentílicos e Topónimos, disponível no Portal da Língua Portuguesa, «o topónimo Campanário, na Madeira, não se encontra registado na MorDebe», razão pela qual nos é solicitado que se «verifique se a palavra se encontra bem escrita».
Tendo em conta essa situação de não registo de Campanário, informam-nos de «que nem todos os locais possuem um gentílico associado; isto é, nem sempre existe uma palavra atestada nas nossas fontes para denominar o habitante de determinada localidade». Por isso, «nestes casos, deverá utilizar-se a expressão “o habitante/o natural/de/o nome do lugar”; neste caso, "de/do Campanário"».
Importa lembrar que «existem várias formas de construir um gentílico: predominantemente recorre-se à junção ao topónimo ou à sua forma latina ou latinizada de um sufixo como -ense, -ês ou -ano. No entanto, não se pode estabelecer um padrão fixo para a criação de gentílicos, porque estes dependem fortemente não só da estrutura da língua, mas também da tradição e do uso de estruturas que se fixaram ao longo do tempo»
Os investigadores e participantes na elaboração deste dicionário esclarecem-nos sobre as fontes a que recorreram, dizendo-nos que «foram várias as obras de referência consultadas pelo portal. Todos os gentílicos aqui registados estão presentes (ou foram recolhidos) em:
dicionários — por estarem palavras já integradas no léxico;
prontuários — por resultarem de um trabalho cuidado de recolha sistemática;
documentos e páginas de organismos oficiais, como os da República Portuguesa e da União Europeia».