A grafia correcta – ou melhor: desde pelo menos o séc. XVIII, segundo José Pedro Machado (in Dicionário Onomástico-Etimológico da Língua Portuguesa – é Freixo de Espada à Cinta (sede do concelho do mesmo nome, distrito de Bragança.
Começou por ser “Freixeno de Espada Cinta” (séc. XII) e “Freixo de Espada Cinta” até à actual grafia, segundo várias interpretações, resumidas no Dicionário do Nome das Terras, do jornalista João Fonseca (ed. Casa das Letras, Lisboa, 20005):
«Cansado, quando aqui chegou, el-rei D. Dinis pendurou a espada e o cinturão (à cinta) num freixo, sentou-se à sua sombra e adormeceu. A árvore logo foi baptizada de “freixo da espada e cinta” ou “freixo da espada à cinta”, denominação que logo se alargou à povoação. E é tanta a convicção de alguns que as coisas assim se passaram que não há muito tempo ainda havia quem identificasse o lendário freixo. Povoação muito antiga, desconhece-se a época da sua fundação, o seu fundador e origens do nome. Mas não lhe faltam tradições para ultrapassar estes enigmas. Para quem duvida da versão que envolve D. Dinis, conta-se que a vila foi fundada por um fidalgo de apelido Feijão, primo de São Rosendo (falecido em 977), e que, por este “trazer por armas um freixo e uma espada, ficaram o freixo e a espada por nome da vila» – fica por explicar, porém, a “Cinta”. Mas “Espadacinta” era precisamente o nome do capitão godo – assegura outra lenda – que, um dia, aqui chegou, cansado de uma batalha. Como o monarca português, também ele se deitou à sombra de um freixo, árvore que, por isso, se passou a designar de “freixo de Espadacinta”, nome que não tardou a passar à povoação.»