Embora as conjunções sirvam, por definição, para ligar orações, pode começar uma frase por e, ou, entre outras. Assim o atesta o uso de muitos autores consagrados, como os dois que aqui cito a título de exemplo.
«E a minha vida recomeçou, cronometrada a aulas, toques de sineta, a longos silêncios de cigarros no quarto da pensão, a vagabundagem pela cidade, sobretudo às horas da tarde» (início de um parágrafo de Aparição, de Vergílio Ferreira, Bertrand, 33.ª ed., p. 174).
«Se o confessor das Ursulinas lhe ensinara que nada vai tão mal ao prudente como irar-se, ela esqueceu-se. Ou então a ira, acendida nas veias, de furiosa não passa logo a branda [...]» (Agustina Bessa-Luís, Eugénia e Silvina, Guimarães, p. 239).