A renovação do léxico de uma língua ocorre por diversos processos, um dos quais a composição, que consiste em formar uma nova palavra a partir de duas ou mais. Essa junção de palavras autónomas origina uma outra, diferente, com significado próprio.
Ora, esse processo de formação de palavras não é instantâneo. Inicialmente as palavras são utilizadas na sequência uma da outra, justapostas, não unidas, com ou sem preposição a ligá-las.
Posteriormente, quando o novo termo tem um emprego tão frequente que se torna familiar e é sentido como uma unidade reconhecida, então, poderá ocorrer a ligação dos seus elementos por meio de hífen.
É muito frequente hoje em dia a denominação de realidades, objectos, instrumentos, etc. por meio de dois substantivos ou de um substantivo e uma forma verbal, tendo o segundo elemento o valor de "que desempenha a função de" ou "do tipo de" ou "que serve de" ou "que é simultaneamente".
Esse novo termo ou vem a ser grafado com hífen, procedimento normal de ligação de dois radicais que mantêm a sua autonomia na formação de nova palavra, ou é constituído pelos dois elementos apenas justapostos sem ligação, situação que ocorre quando, com hífen ou sem ele, o sentido do termo se não altera.
O termo que apresenta não está dicionarizado como uma palavra autónoma com hífen.