Ambas as formas encontram-se já registadas nos dicionários, embora fontenário seja considerada forma inexacta por F. Rebelo Gonçalves, no seu incontornável Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra Editora, 1966). Idêntico desaconselhamento fê-lo também Rodrigo de Sá Nogueira, no seu Dicionário de Erros e Problemas de Linguagem (Livraria Clássica Editora, Lisboa): «Não se escreve nem se diga "fontenário”. A palavra não deriva de fonte, mas sim de fontana. Diga-se, por isso, fontanário».
Sendo, portanto, fontanário (do latim "fontana" – fonte – + ário, sufixo que exprime a noção de função de) a forma vernácula, a verdade é que fontenário entrou na linguagem corrente pelo fenómeno linguístico de dissimilação.