Se quiséssemos adoptar «fôlder, fôlderes» poderíamos argumentar que já temos revólver, revólveres (Rebelo Gonçalves e Aurélio).
Mas as minhas condições pessoais para aceitar que um neologismo entrou no idioma, além de a palavra ter de obedecer à índole da língua, é que não haja substituto vernáculo satisfatório para representar o conceito e que o termo esteja a ser correntemente usado por comunidade culta da nossa comum língua (dicionarizado por entidade idónea, por exemplo). Quanto a «folder», eu uso directoria, na informática. Não usarão directório no Brasil para o mesmo fim? Para quê esse «folder»? Pode fazer o favor de me explicar em que conceitos acha que o termo «folder» é insubstituível e se já é de uso frequente nessa acepção.
Quanto a "déficit" (Aurélio), não é lá por a palavra vir do latim que concordo com o hibridismo do acento; Rebelo Gonçalves regista défice, como adaptação para a nossa língua do "deficit" latino. Em "superávit" (Aurélio) o meu raciocínio é semelhante, com a diferença de que em Rebelo Gonçalves não existe substituto para o termo latino, e, assim, eu adopto "superavit", sem acento, considerando a palavra um latinismo (entre aspas ou plicas).
Em resumo, não recomendo «fôlder», "déficit", "superávit"; mas se os termos são de uso corrente no seu país, aqui em Portugal eu não tenho o direito de os condenar.
Ao seu dispor,