É verdade que os substantivos que designam noções abstractas, pecados e virtudes se empregam no singular: fé, caridade, preguiça, prudência, luxúria. No entanto, exprimimos ideias um pouco diferentes quando dizemos liberdade ou liberdades, amor ou amores, felicidade ou felicidades. Fazendo-os variar em número, a língua procurou-lhes cambiantes de sentido que estão já consagradas pelo uso. Os lusófonos continuarão, assim, a distinguir «os homens procuram a felicidade» de «desejo-lhes felicidades na sua vida de casados».