Não sei se a sua dúvida diz respeito ao pronome demonstrativo, se a toda a frase...
A frase repete o que Cristo terá dito aos seus apóstolos na última ceia, tomando o pão e o vinho e convidando-os a comer e a beber a sua carne e o seu sangue consubstanciados naquelas espécies.
«Fazei isto em memória de mim» é a frase que institui o sacrifício da missa e o sacramento da Eucaristia, obrigatórios para os católicos.
Noto que, por vezes, há alguma confusão no emprego dos pronomes demonstrativos isto, isso e aquilo. É natural, nem todas as línguas têm esta distinção que enriquece a nossa. De uma forma simplificada: isto é a coisa, facto ou conceito próximo da pessoa que fala: «isto que estou a fazer é uma resposta à sua pergunta.»; isso é o que está próximo da pessoa a quem se fala: «isso que me perguntou não tem uma resposta simples.»; aquilo está longe das pessoas que estão em comunicação: «Que é aquilo ao fundo da rua?»
No caso com que exemplifica a sua dúvida, o padre fala na 1.ª pessoa, fala do que ele próprio está a fazer em representação de Cristo: «isto que faço, fazei-o vós também». Se o acto fosse praticado pelos participantes, o padre diria então: «Fazei isso em memória de mim».