1 – Na evolução da língua latina para a língua portuguesa, a vogal [e] sofreu uma apócope, nome dado à queda de um fonema final.
A vogal [u] sofreu uma síncope, nome dado à queda de fonema em sílaba média.
A consoante [b], por ser sonora, vocalizou-se quando as consoantes surdas [p], [t], [k] (na grafia "c" ou "q") se tornaram sonoras: [p] > [b], [t] > [d], [k] > [g].
Evolução: fabulare > fabular > fablar > falaar > falar.
2 – Ainda dentro da língua latina, as vogais [ae] constituíram um ditongo que evoluiu para [e] .
O verbo latino praecuntare também sofreu a apócope do [e].
A consoante surda [k] (= letra c) evoluiu para a sonora correspondente [g].
Mais recentemente, mas ainda não completamente, a sílaba [pre] transformou-se em [per]. Este fenómeno fonético da troca de fonemas tem o nome de metátese.
Evolução: praecuntare > precuntar > preguntar > perguntar.