A frase «estou certo de que isso é assim» é a mais aceitável e, até, a mais usual, pelo menos em Portugal. E compreende-se: uma pessoa «está certa de algo, de alguma coisa».
No caso de «ter medo», pode-se ter medo a alguém (algo), ou ter medo de alguém (algo). Depende do contexto e da maior ou menor «força» que se queira dar à expressão.
Segundo o «Dicionário das Questões Vernáculas» de Napoleão Mendes de Almeida (Brasil), «seguidos de infinitivo, precisar e necessitar vêm sem ou com de:
Precisamos acabar com estes passeios - O partido liberal precisa de mover a incredulidade pública - Os libertos necessitam desmentir esses receios - O que necessitaremos de apurar é audácia.»
O «Dicionário de Verbos e Regimes» de Francisco Fernandes (Brasil) explica o seguinte: «significando ter precisão ou necessidade, ensinam alguns gramáticos que só se deve dar a este verbo complemento indireto, regido de preposição de, tachando de errônea a construção com objeto direto: preciso dinheiro – precisam-se empregados. Os fatos, porém, destroem tal modo de ver, e demonstram que a segunda maneira de construir é tão portuguesa quanto a primeira.»