Segundo o livro «Nomes Próprios» de Ana Belo, Duarte provém do germânico «ead» (rico) e «weard» (guardião).
Quanto a Pires vem de Peres, que é o patronímico regular de Pêro, antigo em português. Peres, segundo o «Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa», «... se se percorrer diplomas medievais, vemo-lo com muita frequência.
O divergente Pires aparece então mais raramente...» Mas este dicionário diz também o seguinte: «Não perdendo de vista as possibilidades de alterações feitas pelos escribas medievais e de lapsos de transcrição modernos, creio estar diante de elemento que pode explicar a evolução Peres--Pires. (...) Peres era apelido antigo e frequente no norte de Portugal. Como parece natural, os colonos nortenhos levaram-no para o sul onde ficou sujeito a imposições da fonética dos falares românicos locais.(...) Por outras palavras: Peres é forma regular nortenha; Pires é forma meridional dela resultante. A propósito recordo a frequência com que ainda hoje se atesta o apelido Pires no Algarve. Leite de Vasconcelos seguiu outro caminho: 'De Pero veio o patronímico Pérez, que concorre com Pirez, que veio de Petrici, havendo-se o e mudado em i por "Umlaut", isto é, por influência exercida pelo i final na vogal tónica (...)". Se se verificasse esse fenómeno, Pires teria de 'substituir' a outra forma, Peres, quando, afinal, e como o reconhece L. V., Peres e Pires 'concorrem', 'convivem'. Isto significa não uma evolução geral, mas um tratamento especial que não foi capaz de eliminar a forma Peres.»