Segundo o "Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa" de D. P. Cegalla, "pode-se dizer, indiferentemente: ficar em pé ou ficar de pé".
O "Dicionário de Erros e Problemas de Linguagem" de Rodrigo de Sá Nogueira refere, na entrada A pé. De pé. Em pé, o seguinte: "Só quem conhece bem a língua pode empregar com propriedade estas três expressões. Vejamos: 'ir a pé' é 'ir por meio dos pés', isto é, é 'não ir a cavalo, nem de carro, etc.'; - 'ir de pé ou em pé' é 'não ir sentado, nem de cócoras, nem deitado'; - 'às 6 horas da manhã estava já a pé', quer dizer: 'já não estava na cama, já me tinha levantado'; - 'às 6 horas da manhã estava de pé ou em pé', quer dizer: 'não estava sentado, nem ajoelhado, nem deitado'; - 'um poste, que caiu pela força do vento, por ex., põe-se de pé ou em pé', quer dizer: 'endireita-se de novo, pondo-se na posição vertical', 'não se põe a pé'; 'o Exército está em pé de guerra', não está 'a pé, nem de pé de guerra'."
Portanto, fiquemos de pé ou em pé. Salvo num contexto muito específico, como, por exemplo, fiquemos com os pés bem assentes no chão, querendo com isto expressar que é necessário realismo.