Julgo não errar se lhe disser que a diferença entre a preposição simples (de) e a contracção com os artigos [do(s)/da(s)] reside no facto de a primeira forma ser mais genérica do que a segunda, sendo esta, consequentemente, mais específica. Um exemplo: Eu posso ser, genericamente, um chefe de família; se eu estiver reunido com ela, essa minha condição torna-se mais concreta, e podem apontar-me como o chefe da família.
Outro exemplo: trabalho numa loja, onde sou o gerente. Nessa situação concreta, eu sou o gerente da loja, dessa loja. Se sair daí, e se me perguntarem qual é a minha profissão, eu posso responder genericamente: «Sou gerente de loja.»
Do mesmo modo, num dos casos que submente à nossa apreciação, inclino-me para a estrutura mais específica:
Código da Estrada – Aqui, estamos perante um recurso estilístico em que uma estrada representa todas as estradas. Embora não se trate de uma estrada concreta, como a Estrada Nacional n.º 10, a contracção da preposição com o artigo definido restringe/especifica/define que estrada é essa: é a representante de todas as estradas. Não se trata de uma estrada qualquer, trata-se da totalidade das estradas.
Direcção dos Serviços de/da Economia – Aqui, o que me parece que já se definiu/especificou/restringiu foram os serviços a que essa direcção diz respeito, é isso que se depreende da estrutura Direcção dos Serviços [Económicos]. Para saber se essa Economia é mais específica (da) ou mais genérica (de), seria preciso conhecer a natureza da instituição com mais pormenor.
Não sei se fui claro. Se não fui, continuo ao dispor.