A palavra “cryptomnesia” já se encontra traduzida no Dicionário da Língua Portuguesa de José Pedro Machado editado pela Sociedade da Língua Portuguesa.
Registo deste dicionário: criptomnésia – faculdade em virtude da qual se conservam no cérebro, despercebidas, noções que depois se podem revelar; memória inconsciente.
O Dicionário de Psicologia de J. P. Chaplin, editado pelo Círculo de Leitores, apresenta a seguinte tradução: criptomnesia – recordações aparentemente novas, cujas bases na experiência foram esquecidas ou reprimidas; pensamentos aparentemente novos ou criativos, originados em ideias esquecidas.
Como vemos, os tradutores do original J. P. Chaplin – Dictionaire of Psychology não colocaram acento na palavra criptomnesia. Isto dá lugar a que a palavra deva ser lida como grave. Podemos dizer que é um regresso às origens do pospositivo ‘-mnesia’ de acordo com a língua grega.
A palavra criptomnésia é esdrúxula e segue o modelo comum à língua portuguesa que já tem as palavras: amnésia, paramnésia, hipermnésia, etc.
Criptomnese é outra hipótese que não daria lugar a divergências.
Embora os dicionários da língua portuguesa não registem centésimo-de-segundo-luz, justifica-se a sua utilização de acordo com o modelo ano-luz registado em todos os dicionários actuais.
O conjunto bom grado, nomeadamente na expressão de bom grado, não se deve escrever com hífen, dado que corresponde a palavras independentes.
A expressão «poucos tantos», ainda que não seja frequente nem se encontre registada nos dicionários da língua portuguesa, poderá surgir pontualmente com o significado de «alguns embora não muitos». Os dicionários são sempre limitados em relação à grande riqueza combinatória e conceptual das línguas.