O termo parece ser um brasileirismo. Pelo menos é assim que o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (da Academia das Ciências de Lisboa) o define: é uma truncação de “creditar+io” e aparece como a denominação de «sistema de vendas a crédito, pagamento a prestações». De facto, o mesmo termo não aparece no Dicionário da Língua Portuguesa (da Porto Editora), mas está presente nos dois dicionários brasileiros de Português (Houaiss e Aurélio), com as mesmas acepções do Dicionário da Academia. O próprio Dicionário Houaiss assume também que se trata de um regionalismo do Brasil.
O Dicionário Aurélio abona ainda sinónimos para esta forma, que podem ajudar à sua descodificação no contexto mencionado: «auxiliário» ou «facilitário». Os «crediários» são, pois, facilitadores na compra e venda de livros, porque vendem a crédito ou a prestações.
Houaiss:
«substantivo masculino
Rubrica: comércio. Regionalismo: Brasil.
1 sistema de venda a crédito, ger. de bens de consumo duráveis, realizado esp. por grandes estabelecimentos comerciais que financiam em duas ou mais parcelas o pagamento do(s) bem(ns) adquirido(s)
2 Derivação: por metonímia.
a conta, a dívida contraída nesse sistema para com loja e/ou empresa credora
Ex.: naquele mês findava o seu c. da aquisição do aparelho».
Aurélio:
«[Por *creditário < crédito + -ário.]
S. m. Bras.
1. Sistema de vendas a crédito, com pagamento a prestações, adotado pelo comércio, sobretudo pelas grandes lojas.
[Sin., desus.: auxiliário e facilitário. ]»