As áreas de especialidade são favoráveis à criação de numerosos neologismos, dada a necessidade de criar palavras unívocas que designem sem ambiguidades as realidades que são objeto de investigação. Se optar por correção, certamente que se consegue respeitar os padrões tradicionais do português, mas perde-se por causa da ambiguidade da palavra. Mas quanto a saber se as formas neológicas propostas estão corretas, é necessário ter em conta que não se pode falar em regras fixas neste domínio, nem se pode dizer que em tradução há sempre uma solução correta por oposição às demais, supostamente incorretas.
Neste contexto, confirmo que corretismo é palavra já dicionarizada com o significado de «procedimento isento de erros ou falhas; atitude correta, impecável por parte de alguém» e descrita como brasileirismo (Dicionário Houaiss). Quanto a "corretitude" e "corretidão", embora não atestadas, são neologismos bem formados, conforme o próprio consulente sugere, e que não precisam de ser explicados como fusão de correto e retitude ou retidão: basta considerar a possibilidade de juntar à base adjetival corret- (tema de correto) os sufixos -(i)tude ou -(i)dão (cf. Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, pág. 97). Quanto à forma "corretude", também não se pode rejeitá-la de todo, uma vez que parece seguir o modelo de completude, formado pela base complet- e o sufixo -ude, deduzido de palavras como virtude, juventude ou senectude (cf. Dicionário Houaiss).
Há, portanto, cinco possibilidades para traduzir o termo inglês. A opção por uma delas pode ser uma questão de identificar a que tem uso maioritário, e uma rápida pesquisa na Internet aponta para corretude, aparentemente em páginas que abordam temas de Informática. De qualquer modo, parece ainda estarmos longe de termos fixado em português um termo equivalente ao inglês no domínio em apreço.