1. O adjectivo correcto é um daqueles (como cheio, por exemplo) que já tem o sentido superlativo. "Mais correcto (como "completamente cheio") só se admite como figura de retórica, ou – como parece ser o caso em apreço – se se pretende aferir o nível de conhecimentos dos testados. Aí é de facto admissível que haja respostas (ou soluções) mais completas do que outras. Vejamos este exemplo: o rio Tejo nasce: a) na Península Ibérica; b) em Espanha; c) na serra de Albarracim. Qual a resposta mais correcta? Se eu assinalar o que vem em c) estou a dar a resposta "mais correcta" (ou seja, a mais precisa), não anulando no entanto qualquer das outras. Será isto que se pretende?
É que se não (isto é: as alíneas anteriores estão propositadamente erradas), então, a formulação "mais correcto/a" é não só redundante como enganadora.
2. Em provas de avaliação que contêm grupos de perguntas denominadas "de escolha múltipla", é comum haver o pedido de seleccionar a resposta correcta ou a mais correcta. Os alunos habituados a este tipo de teste sabem que só é aceite uma das opções, devendo precisamente ser escolhida, conforme os casos:
a) a opção correcta, no caso de perguntas em que é correcta apenas uma das opções;
b) a opção mais correcta, no caso de perguntas em que há várias opções que podem ser consideradas correctas, isoladamente, mas não em alternativa com uma outra, mais correcta do que elas, porque mais completa ou mais precisa.
Essa indicação que referiu figura no início do conjunto de perguntas e abrange todas as perguntas, as que têm opções incorrectas e apenas uma correcta, e as que têm opções com um maior ou menor grau de correcção. Cabe ao aluno ou candidato a capacidade de ver de que caso se trata em cada pergunta (se a correcta, se a mais correcta). O teste assim formulado pode visar testar uma maior profundidade ou solidez de conhecimentos.