O caso do futuro não é o mesmo que o do condicional. Este, de facto, cada vez mais vai sendo substituído pelo imperfeito do indicativo. Quanto ao presente em lugar do futuro é emprego vulgar em várias línguas, e a nossa não foge a isso, para indicar acção muito próxima ou intenção muito forte. Mas há, na realidade, outro tempo que anda muito mal tratado: o presente do conjuntivo, que poucos sabem usar, enfiando-lhe as desinências do presente do indicativo. Também o pretérito mais-que-perfeito simples só tem uso literário, excepto em casos como: tomara eu, tomáramos nós, etc. O imperativo igualmente, sobretudo no Brasil, sofre tratos de polé. É assim que as línguas evolucionam, e o que está errado passa, com o decorrer dos séculos (quando não de alguns anos), a considerar-se correcto!