DÚVIDAS

Classificação morfológica da Língua Portuguesa

   Antes de submeter a minha pergunta gostava de agradecer a existência deste recurso e o trabalho de todos os envolvidos. É sempre com grande prazer que visito este 'site' e perco uma boa hora ou duas a ler, a confirmar o que sei, a reparar em tudo o que não sei e a aprender algo de novo. Muito obrigado.

   Agora permitam-me que exponha certa informação como prefácio da minha pergunta. Inscrevi-me como "expert" no 'site' askme.com na área de língua portuguesa. O que é certo é que não me considero um perito – longe disso – mas ao ver certas respostas de outros "peritos" decidi que ao menos ia tentar encaminhar as questões que não soubesse responder para fontes de informação mais dignas de credibilidade. A questão que a seguir exponho não é minha mas, quanto a mim, ainda não foi respondida satisfatoriamente. Reconheço que não tenho conhecimentos suficientes para responder nem consegui encontrar a resposta sozinho, por isso peço a vossa ajuda.

   Agora eis a tradução da pergunta seguida do original para o caso de estar a interpretar algo mal:

   «Como classificar a Língua Portuguesa de acordo com a sua morfologia (isolante, aglutinante, de fusão ou polissintética)?»
   «How would you classify portuguese language according to morphology (is it isolating, an agglutinating, a fusional) or polysynthetic?»

   Desde já agradeço a vossa ajuda.

Resposta

A língua portuguesa é flexiva e analítica, enquanto o latim, de que provém, era também flexivo, mas não analítico. As classificações que aponta são hoje pouco usadas, embora tenham alguma razão de ser; o motivo principal de terem caído em desuso é que se pensa que muitos idiomas passaram por dois ou mais desses estádios. Julga-se, assim, por exemplo, que o chinês, actualmente monossilábico, já teria sido, se não flexivo, pelo menos aglutinante. Consideram-se aglutinantes línguas como o turco ou o japonês, que, em vez de terminações do tipo de desinências, se servem de sufixos ou partículas que não se fundem com as palavras cuja função determinam. Exemplo de línguas polissintéticas é o esquimó (e em parte o basco), visto construírem frases que, aparentemente, parecem uma só palavra.

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