1. Que não é conjunção integrante, como diz.
2. Que não é pronome relativo. As orações relativas que têm como antecedente outra oração apresentam um carácter apositivo e constituem um comentário sobre a proposição encerrada na oração anterior. Nesse caso, antecede o pronome relativo uma expressão anafórica:
«Vi televisão durante 2 dias, o/coisa/situação que me deixou deprimida.»
3. Que não é conjunção temporal: o sentido de decurso temporal está a cargo do verbo fazer — daí o uso impessoal do verbo, como refere.
4. Expletivo: é, de entre as opções que põe em consideração, a classificação mais acertada. «Faz dois dias» é um adverbial de tempo focalizado e, como tal, deslocado para a esquerda; tem aí uma mera função de apoio estrutural à alteração canónica da ordem dos constituintes:
«Não vejo televisão faz dois dias» (ordem natural dos constituintes).
«Faz dois dias que não vejo televisão» (ordem dos constituintes que serve a atribuição de foco).
Marcia dos Santos Machado Vieira (da Universidade Federal do Rio de Janeiro) classifica-o como um conector.
(Consultar: http://www.filologia.org.br/xcnlf/15/14.htm)
N. E.: A pergunta 21160 foi, entretanto, reformulada.